A carta.
Vejo-a em tua mão.
Se o jogo é teu,
O que terei em mãos?
Nem sequer o coringa,
Nem sequer a manilha.
Se tens o jogo,
Terei o que, nas mãos?
Nem as doze rosas sem cor.
Talvez o cheiro sem sabor.
Eu sou cravo de canteiro,
O dia inteiro em anseio à flor.
Antes do mal me vir,
Não exalei maldade.
Um singelo coração
Conhece a verdade,
Enquanto o mundo nem sequer,
Quer amor e compreensão.
“Enquanto as cartas deste jogo
Estão em suas mãos”.
Terei o que
Além do mais?
Do jasmim, as pétalas,
E lírios de cristais.
Bem me quer, mal me quer.
Manilha, espada, coração.
Os naipes do jogo,
Que em mim agora se faz.
A carta,
Ainda a vejo em tua mão!
A manilha, espada – coração.
Friday, September 22, 2006
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